sexta-feira, 24 de maio de 2013

Planos para as férias de julho!




      


Piscina Natural de Picãozinho em João Pessoa.


     Depois que descobrimos que podemos conhecer o mundo, que não há tantos limites (principalmente a falta de dinheiro), que impossibilita nos aventurar por diversos lugares, queremos sair por aí, conhecer todos os cantos de nosso maravilhoso planeta, ter experiências peculiares e conviver com pessoas de culturas diferentes da nossa, nem que seja por um pequeno momento.

     Após minha primeira experiência como Hitchhicker (caroneiro), surgiu em meu ser essa perspectiva de vida, de querer conhecer esse estranho mundo, de querer sair sempre da minha rotina, e desejar viver intensamente a todo instante.

     O mês de julho está chegando, ou seja, terei férias da universidade. Já estou planejando em aventurar por algum lugar do Brasil. Primeiramente descobri um encontro voltado para a área de economia que ocorrerá em João Pessoa - Paraíba, que fica em torno de 3.000 km de minha pequena cidade. Achei muito longe, e por ter poucas experiências viajando de carona, fiquei um pouco receoso, por ter que passar muito tempo na estrada. Há alguns dias atrás conheci um estudante de Museologia, que mora em Ouro Preto – Minas Gerais, pelo facebook, conversamos bastante, até ele me informar sobre um Festival, parecido com a virada cultural, que ocorre em julho, durante alguns dias, em sua cidade, e me convidar para ficar hospedado e curtir o festival com sua companhia. 

     Estou muito indeciso em qual rota seguir nessas férias, ambas as opções são simplesmente tentadoras, porém só posso escolher um lugar. Na verdade posso ir para os dois lugares, já que minhas férias duram em torno de uns vinte dias, e não tem problema eu perder alguns dias de aula no próximo semestre da universidade. Enfim logo decido o que irei fazer e informo a todos vocês. Que chatice passar por estes momentos de indecisão, rs! Até mais!

Minha primeira viagem alternativa!



                Olá pessoal! Venho por este texto (enorme rsrs) descrever minha primeira experiência como hitchhicker (caroneiro a dedão) e como hospede de um membro do couchsurfing, além de falar sobre minha primeira vez na virada cultural. Simplesmente me senti como o garoto do filme My Side of the Moutain (Minha montanha encantada), depois dessa grande aventura inesquecível, que após saber que sua família havia cancelado as férias de verão, ele vai sozinho para as montanhas canadenses, onde aprende o valor da natureza e de sua independência. 

     Referente aos meus gastos acabei esbanjando um pouco, indo para balada e indo comer num shopping. Devido a isso gastei em torno de 130 dilmas. Se não tivesse ido à balada e ficasse só no miojo, tinha gastado no máximo 50 dilmas.


Minha Primeira Experiência como Hitchhicker


     Em poucas palavras, posso defini-la que foi incrível, devido ao acaso (já que não acredito na sorte), por está "loucura" ter saído melhor do que o planejado.

     Dia 16 de maio, chego da universidade em minha casa e vou arrumar minhas coisas, fazer a plaquinha (onde escrevi “São Paulo – SP”), para acordar no outro dia às 5h30 e partir para a estrada, por pouco quase não durmi naquela noite, por conta da ansiedade.

 Minha primeira plaquinha (papel sulfite A3).

     Dia 17 de maio. Chega o grande dia, aquele frio na barriga, o medo de não conseguir uma carona, por alguns instantes pensei em desistir, mas meu anseio por ir à Virada Cultural era tanta, que peguei minha plaquinha e minha mochila e parti para o pedágio. Cheguei às 6h30, ainda era escuro, tive que esperar até 7h para começar a pedir carona. O grande momento chegou, foi incrível levantar a plaquinha, havia pensado que a timidez iria me atingir naquele momento, mas muito pelo contrário, a aventura me fez sorrir, e mostrar a simpatia de minha pessoa para quem passava na rodovia naquele momento. Nos primeiros 10 minutos para um senhor, que estava de carro, pergunto-lhe para onde estava indo, e me responde que era para a divisa entre o Paraná e São Paulo, quase entrei no carro, mas como queria uma carona que fosse um pouco mais longe acabei não aceitando. Em torno de meia hora depois, para outro carro, outro senhor, este estava indo para uma cidade relativamente perto, para Londrina, tive que dizer não outra vez. Enquanto estava ali passaram diversos caminhoneiros, acenando que estavam indo para outro destino, foi em torno de uns 15, deveriam estar indo para o porto de Paranaguá, no litoral paranaense. Perdi uma carona, por não ter visto o carro parado. Depois de 1h30 no pedágio, o medo não me assombrava mais, de repente para um carro a uns 100 metros, eu saio correndo em direção ao carro, com medo de perder a carona como a última, olho a placa e vejo que é do interior de São Paulo, já fico tristonho. Um casal desce do carro, já não havia muito espaço para mim, mas a bondade dessas pessoas deram um jeitinho, para me conceder uma carona. Uma surpresa estava para ocorrer e a felicidade para retomar. Pergunto para o casal para onde estavam indo, e a mulher me responde, “estamos indo para São Paulo, capital” fiquei entusiasmado neste momento, e falei, “nossa, não acredito, consegui uma carona direta para São Paulo”.


 
Minha primeira carona.


  Estava muito tranquilo após ter conseguido uma carona direta para Sampa, e saber que iria para a Virada Cultural. Sobre o casal que me deram a carona, são muito legais, adorei conhecê-los, parecia que éramos amigos, da forma que conversávamos. Pagaram almoço para mim. No fim me levaram para o ponto de metrô e me falaram que posso ficar na casa deles no Rio de Janeiro, quando precisar, que maravilha.

     À volta. Acordei às 5h30, do dia 20 de maio. Estava muito cansado, devido à virada cultural. Havia planejado antes de ir para Sampa o local onde iria pedir carona. Parti para o metrô, chego ao Butantã, e pego uma circular para Barueri, em destino a faculdade Alfacastelo, que fica perto da rodovia castelo branco, onde pretendia pegar a carona. Ao pedir para o cobrador sobre o meu destino se estava certo, ele me disse que a faculdade ficava longe do ponto em que eu iria parar, logo pensei “o Google Maps me ferrou”, daí ele me passou qual circular eu deveria pegar para chegar a essa faculdade. Do ponto em que parei até a faculdade dava em torno de uns 2 km (havia olhado no GPS do celular), era o que o Google havia me informado, não tinha entendido o porquê de o cobrador me indicar outra circular para parar em frente à faculdade. Desci no ponto e tentei ir a pé, vi que era perigoso o local, por não haver muitas pessoas transitando, no fim tive que voltar ao ponto e embarcar na circular que o cobrador havia me indicado. Cheguei ao trecho da rodovia que ficava perto da faculdade, me ferrei novamente, pois os automóveis passavam em alta velocidade naquele lugar, era quase impossível alguém parar para mim. Ainda bem que eu tinha um “segundo plano”, ao determinar este ponto no planejamento, eu havia percorrido a rodovia pelo Google Maps, e visto um posto de combustível há uns 5 km à frente de onde eu estava. Havia um ponto de circular por perto, e duas pessoas, acabei perguntando a uma senhora se alguma circular passava em frente ao posto, e ela me disse que a que ela iria pegar passava, esperamos em torno de uns 10 minutos, e logo a circular chega. Ao chegar no posto, após de 4 horas andando por São Paulo, fui procurar por carros que poderiam estar indo para o meu destino no estacionamento, que maravilha, encontro dois carros de Maringá (cidade próxima de Marialva, onde moro). Estava apertado para ir ao banheiro e acabei indo, no momento em que estava voltando havia um carro saindo, aprecei meus passos, e abordo duas senhoras, peço-lhes com um gesto para abaixarem os vidros, com receio elas acabam abrindo a janela, pergunto para onde estavam indo, e tenho como resposta o meu destino, peço-lhes por carona, mostro meu registro acadêmico e falo que sou estudante da UEM(Universidade Estadual de Maringá), além de mostrar minha carteira de motorista. Devido a estes atributos, além deu ter sido simpático ao solicitar a caorna, acabo  conquistando um pouco da confiança dessas mulheres e mais uma carona direta.

     Foi muito tranquila à volta, conversamos durante toda a viagem, a motorista veio me contando toda a história de sua vida. Tinha uma poodle muito fofa, fui brincando com ela durante vários momentos da viagem. A motorista deixou-me no centro da minha cidade, e fiquei muito agradecido, por tal ato.

     Ambas as pessoas que me deram carona foram muito acolhedoras, até parecia que eu fazia parte de suas famílias. Se soubesse que era tão legal pegar carona, já havia iniciado essa prática há muito tempo atrás. Recomendo a todos que pegue carona pelo menos uma vez na vida!É uma experiência incomparável, que nenhum outro tipo de viagem pode nos dar!


Minha primeira experiência como Host no Couchsurfing


     Há uns três meses fui atrás de um lugar para me hospedar em São Paulo no couchsurfing. Pedi um sofá para diversas pessoas, mas como não tinha referência, acredito que a maioria delas ficaram receosas em me conceder um lugarzinho em sua casa.

     Persistente em encontrar alguém, não desisti, acabei conseguindo dois lugares para ficar. Mas acabei mantendo contato apenas com um membro. Passei a ele meu facebook, e com o tempo acabei conquistando um lugar para ficar em Sampa.

     O meu hospedeiro do couchsurfing ficou preocupado comigo por ir de carona, fui mantendo-o informado, de que tudo ia ocorrendo bem. Encontroo no metrô, após chegar a São Paulo, e vamos para seu apartamento.

     No dia em que cheguei ele me convida para ir a diversos lugares, mesmo cansado, acabo aceitando. Fomos a um bar, que não me lembro o nome, e na The Week. Adorei sair naquele dia, mesmo tendo que me recuperar da viagem e da balada, para no outro dia enfrentar às 24h da Virada Cultural.



    Vista do apartamento em que fiquei hospedado.

      O membro do couchsurfing foi muito receptivo e simpático, além de ser muito atencioso. Adorei conhece-lo e ficar hospedado em seu apartamento durante a virada.

     Após essa minha primeira experiência, já estou planejando usar novamente está ótima ferramenta, que é o couchsurfing, onde permite que pessoas de diferentes lugares do mundo se conheçam intensamente.


Minha primeira Virada Cultural
     

     O que posso lhe contar sobre a virada. Foi simplesmente alucinante. Todo mundo deve ir a este esplêndido espetáculo, nem que seja somente uma vez.

     Planejei-me em ir apenas aos shows, fiz um roteiro, que acabei seguindo quase por completo. Inicialmente iria me encontrar com um amigo de Votorantin, mas ele acabou levando um amigo. Divertimos muito nas 24h em que ficamos juntos.

     As 19h iniciou o show do Thiago Pethit, no palco Cabaret. Foi maravilhosa sua apresentação. Suas músicas me encantam. Além de ele cantar em português, canta em inglês e francês. Muito maravilhoso.

     Após o show do Thiago Pethit, a Drag Queen (ou travesti) que comandava o palco, chamou três pessoas para dançar e quem dança-se melhor ganhava um prêmio, eu entusiasmado (já havia tomado um pouco de vodka), acabei subindo no palco e ganhando o grande prêmio que era um copo de água descartável. Que ódio, quis matar aquela trava..rsrs..mas foi legal a experiência.

     As 21h, o show mais esperado da noite. A apresentação de Gal Costa, a rainha do MPB. Foi perfeito o show, ela cantou a maioria das músicas do CD Recanto. Eu e meus amigos estávamos dançando todas as musicas (estávamos um pouco adulterados, devido à vodca , acabamos contagiando as pessoas ao nosso redor, e interagindo com elas. Ficamos gritando a todo momento, pedindo a música “Meu Nome é Gal”, mas por conta da multidão, ela não ouviu o nosso pedido ou nos ignorou, e no fim seguiu seu repertório.


 Show da Gal Costa.

     Após o show da Gal Costa fomos comer e tentar recuperar a energia gasta. Iriamos ao show do Marcos Valle, mas devido ao atraso saímos do local e ficamos andando por diversos palcos na virada.

     As 5h iríamos ao show do Zeca Baleiro, por conta de ter que pegar um metrô, e ser um pouco longe, acabamos indo para o show da Banda Uó, como eu já tinha ido ao show deles, não fazia muita questão, mas acabei curtindo mesmo assim.

     As 6h fomos ao show da Gaby Amarantos com participação de Elza Soares. Achei bem animado o show da Gaby, mas como não curto muito as músicas dela, não ouviria durante a semana, por exemplo. A Elza Soares tem uma voz linda, muito perfeita, pena que ela estava debilitada, com problema na coluna e teve que fazer uma apresentação rápida e sentada numa cadeira, mesmo assim valeu a pena, ela fez uma crítica boa sobre o Infeliciano.

     As 9h voltamos ao palco do Cabaret para a apresentação da banda Mustache e os Apaches. Como descrever essa banda, não há palavras, é muito perfeita. Me lembra os The Beatles, mas com um estilo peculiar. Todos se vestem de vestes circenses, ou retro, não entendo muito de moda. Os instrumentos musicais são bem diferentes, do que pelo menos eu estou acostumado a ver. Enfim quem gosta de uma boa música, acho que irá gostar muito deles.


 Eu e meus amigos junto com um integrante dos Mustaches e Apaches (Lumineiro).
    
     As 12h, já estávamos o pó. Foi o show do Criolo, uns dos shows mais esperados por mim. Chegamos bem antes do show se iniciar, e conseguimos um lugar ótimo, praticamente na grade. Não havia mais energia, mas ao iniciar o show surgiu de uma forma, que parecia estar 100%. Fiquei frenético, dancei, pulei, durante todo o show e a emoção, por alguns momentos quase chorei. Durante o show o Criolo fez ótimas críticas sociais, que fazia toda a multidão pensar sobre a sociedade em que vivemos e a pobreza que muitas pessoas sofrem.


 Criolo.

     As 14h40, o show da linda, da magnífica, da delicada, da culta, enfim, da Bárbara Eugênia. Muito bom o show dessa grande cantora, que é pouco conhecida, mas que sabe fazer música boa como poucos dessa geração.



     Eu e meu amigo mais a linda da Bárbara Eugênia.

    As 16h00, o show da Céu e do Otto, um amigo meu já havia ido embora, e apenas um ficou comigo. Estávamos muito cansados, chegamos ao show da Céu, já tinha se iniciado, havia uma multidão, e acabamos por não vê-la de perto. O show do Otto atrasou quase por 1h, ficamos esperando até iniciar, ficamos até ele tocar cinco músicas e fomos embora.

     Foi demais a virada cultural. De graça fui ao shows de diversos músicos que aprecio, se fosse ir a cada show iria gastar horrores. Sem contar o contato com as pessoas que a virada cultural permite, conheci diversas pessoas, teve uma menina que até me convidou para hospedar na casa dela quando tiver algo em Sampa, para irmos juntos.