Olá pessoal! Venho por este texto (enorme
rsrs) descrever minha primeira experiência como hitchhicker (caroneiro a dedão) e como hospede de um membro do couchsurfing, além de falar sobre minha
primeira vez na virada cultural. Simplesmente me senti como o garoto do filme
My Side of the Moutain (Minha montanha encantada), depois dessa grande aventura
inesquecível, que após saber que sua família havia cancelado as férias de verão,
ele vai sozinho para as montanhas canadenses, onde aprende o valor da natureza
e de sua independência.
Referente aos meus gastos acabei esbanjando
um pouco, indo para balada e indo comer num shopping. Devido a isso gastei em
torno de 130 dilmas. Se não tivesse ido à balada e ficasse só no miojo, tinha
gastado no máximo 50 dilmas.
Minha
Primeira Experiência como Hitchhicker
Em poucas palavras, posso defini-la que foi
incrível, devido ao acaso (já que não acredito na sorte), por está "loucura" ter saído melhor
do que o planejado.
Dia 16 de maio, chego da universidade em minha
casa e vou arrumar minhas coisas, fazer a plaquinha (onde escrevi “São Paulo – SP”),
para acordar no outro dia às 5h30 e partir para a estrada, por pouco quase não
durmi naquela noite, por conta da ansiedade.
Minha primeira plaquinha (papel sulfite A3).
Dia 17 de maio. Chega o grande dia, aquele
frio na barriga, o medo de não conseguir uma carona, por alguns instantes
pensei em desistir, mas meu anseio por ir à Virada Cultural era tanta, que
peguei minha plaquinha e minha mochila e parti para o pedágio. Cheguei às 6h30,
ainda era escuro, tive que esperar até 7h para começar a pedir carona. O
grande momento chegou, foi incrível levantar a plaquinha, havia pensado que a
timidez iria me atingir naquele momento, mas muito pelo contrário, a aventura
me fez sorrir, e mostrar a simpatia de minha pessoa para quem passava na
rodovia naquele momento. Nos primeiros 10 minutos para um senhor, que estava de
carro, pergunto-lhe para onde estava indo, e me responde que era para a divisa
entre o Paraná e São Paulo, quase entrei no carro, mas como queria uma carona
que fosse um pouco mais longe acabei não aceitando. Em torno de meia hora
depois, para outro carro, outro senhor, este estava indo para uma cidade
relativamente perto, para Londrina, tive que dizer não outra vez. Enquanto
estava ali passaram diversos caminhoneiros, acenando que estavam indo para
outro destino, foi em torno de uns 15, deveriam estar indo para o porto de Paranaguá,
no litoral paranaense. Perdi uma carona, por não ter visto o carro parado.
Depois de 1h30 no pedágio, o medo não me assombrava mais, de repente para um
carro a uns 100 metros, eu saio correndo em direção ao carro, com medo de perder a carona como a última, olho a placa e vejo que é do
interior de São Paulo, já fico tristonho. Um casal desce do carro, já não havia
muito espaço para mim, mas a bondade dessas pessoas deram um jeitinho, para me conceder uma carona. Uma surpresa estava para ocorrer e a felicidade para retomar.
Pergunto para o casal para onde estavam indo, e a mulher me responde, “estamos
indo para São Paulo, capital” fiquei entusiasmado neste momento, e falei, “nossa,
não acredito, consegui uma carona direta para São Paulo”.
Minha primeira carona.
Estava muito tranquilo após ter conseguido
uma carona direta para Sampa, e saber que iria para a Virada Cultural. Sobre o
casal que me deram a carona, são muito legais, adorei conhecê-los, parecia que éramos
amigos, da forma que conversávamos. Pagaram almoço para mim. No fim me levaram
para o ponto de metrô e me falaram que posso ficar na casa deles no Rio de
Janeiro, quando precisar, que maravilha.
À volta. Acordei às 5h30, do dia 20 de maio.
Estava muito cansado, devido à virada cultural. Havia planejado antes de ir para
Sampa o local onde iria pedir carona. Parti para o metrô, chego ao Butantã, e
pego uma circular para Barueri, em destino a faculdade Alfacastelo, que fica
perto da rodovia castelo branco, onde pretendia pegar a carona. Ao pedir para o
cobrador sobre o meu destino se estava certo, ele me disse que a faculdade
ficava longe do ponto em que eu iria parar, logo pensei “o Google Maps me ferrou”,
daí ele me passou qual circular eu deveria pegar para chegar a essa faculdade.
Do ponto em que parei até a faculdade dava em torno de uns 2 km (havia olhado no GPS do
celular), era o que o Google havia me informado, não tinha entendido o porquê de
o cobrador me indicar outra circular para parar em frente à faculdade. Desci no
ponto e tentei ir a pé, vi que era perigoso o local, por não haver muitas pessoas
transitando, no fim tive que voltar ao ponto e embarcar na circular que o cobrador
havia me indicado. Cheguei ao trecho da rodovia que ficava perto da faculdade, me
ferrei novamente, pois os automóveis passavam em alta velocidade naquele lugar,
era quase impossível alguém parar para mim. Ainda bem que eu tinha um “segundo
plano”, ao determinar este ponto no planejamento, eu havia percorrido a
rodovia pelo Google Maps, e visto um posto de combustível há uns 5 km à frente
de onde eu estava. Havia um ponto de circular por perto, e duas pessoas, acabei perguntando a uma senhora se alguma circular passava em frente ao posto,
e ela me disse que a que ela iria pegar passava, esperamos em torno de uns 10 minutos, e logo a circular chega. Ao chegar no posto, após de 4 horas andando por São
Paulo, fui procurar por carros que poderiam estar indo para o meu destino no estacionamento, que maravilha, encontro dois carros de
Maringá (cidade próxima de Marialva, onde moro). Estava apertado para ir ao
banheiro e acabei indo, no momento em que estava voltando havia um carro
saindo, aprecei meus passos, e abordo duas senhoras, peço-lhes com um gesto
para abaixarem os vidros, com receio elas acabam abrindo a janela, pergunto para onde estavam
indo, e tenho como resposta o meu destino, peço-lhes por carona, mostro meu
registro acadêmico e falo que sou estudante da
UEM(Universidade Estadual de Maringá), além de mostrar minha carteira de motorista. Devido a estes atributos, além deu ter sido simpático ao solicitar a caorna, acabo conquistando um pouco da confiança dessas mulheres e mais
uma carona direta.
Foi muito tranquila à volta, conversamos
durante toda a viagem, a motorista veio me contando toda a história de sua
vida. Tinha uma poodle muito fofa, fui brincando com ela durante vários momentos
da viagem. A motorista deixou-me no centro da minha cidade, e fiquei muito agradecido,
por tal ato.
Ambas as pessoas que me deram carona foram muito
acolhedoras, até parecia que eu fazia parte de suas famílias. Se soubesse que
era tão legal pegar carona, já havia iniciado essa prática há muito tempo atrás.
Recomendo a todos que pegue carona pelo menos uma vez na vida!É uma experiência
incomparável, que nenhum outro tipo de viagem pode nos dar!
Minha
primeira experiência como Host no Couchsurfing
Há uns três meses fui atrás de um lugar para me hospedar em São Paulo no couchsurfing. Pedi um sofá para diversas pessoas,
mas como não tinha referência, acredito que a maioria delas ficaram receosas em
me conceder um lugarzinho em sua casa.
Persistente em encontrar alguém, não
desisti, acabei conseguindo dois lugares para ficar. Mas acabei mantendo contato apenas
com um membro. Passei a ele meu facebook, e com o tempo acabei conquistando um lugar para
ficar em Sampa.
O meu hospedeiro do couchsurfing ficou preocupado comigo por ir de
carona, fui mantendo-o informado, de que tudo ia ocorrendo bem. Encontroo no
metrô, após chegar a São Paulo, e vamos para seu apartamento.
No dia em que cheguei ele me convida para
ir a diversos lugares, mesmo cansado, acabo aceitando. Fomos a um bar, que não
me lembro o nome, e na The Week. Adorei sair naquele dia, mesmo tendo que me
recuperar da viagem e da balada, para no outro dia enfrentar às 24h da Virada
Cultural.
Vista do apartamento em que fiquei hospedado.
O membro do couchsurfing foi muito receptivo e
simpático, além de ser muito atencioso. Adorei conhece-lo e ficar hospedado
em seu apartamento durante a virada.
Após essa minha primeira experiência, já
estou planejando usar novamente está ótima ferramenta, que é o couchsurfing,
onde permite que pessoas de diferentes lugares do mundo se conheçam
intensamente.
Minha primeira Virada Cultural
O que posso lhe contar sobre a virada. Foi
simplesmente alucinante. Todo mundo deve ir a este esplêndido espetáculo, nem
que seja somente uma vez.
Planejei-me em ir apenas aos shows, fiz um
roteiro, que acabei seguindo quase por completo. Inicialmente iria me encontrar
com um amigo de Votorantin, mas ele acabou levando um amigo. Divertimos muito
nas 24h em que ficamos juntos.
As 19h iniciou o show do Thiago Pethit, no
palco Cabaret. Foi maravilhosa sua apresentação. Suas músicas me encantam. Além
de ele cantar em português, canta em inglês e francês. Muito maravilhoso.
Após o show do Thiago Pethit, a Drag Queen
(ou travesti) que comandava o palco, chamou três pessoas para dançar e quem
dança-se melhor ganhava um prêmio, eu entusiasmado (já havia tomado um pouco de
vodka), acabei subindo no palco e ganhando o grande prêmio que era um copo de
água descartável. Que ódio, quis matar aquela trava..rsrs..mas foi legal a
experiência.
As 21h, o show mais esperado da noite. A
apresentação de Gal Costa, a rainha do MPB. Foi perfeito o show, ela cantou a
maioria das músicas do CD Recanto. Eu e meus amigos estávamos dançando todas as
musicas (estávamos um pouco adulterados, devido à vodca , acabamos contagiando
as pessoas ao nosso redor, e interagindo com elas. Ficamos gritando a todo
momento, pedindo a música “Meu Nome é Gal”, mas por conta da multidão, ela não
ouviu o nosso pedido ou nos ignorou, e no fim seguiu seu repertório.
Show da Gal Costa.
Após o show da Gal Costa fomos comer e
tentar recuperar a energia gasta. Iriamos ao show do Marcos Valle, mas devido
ao atraso saímos do local e ficamos andando por diversos palcos na virada.
As 5h iríamos ao show do Zeca Baleiro, por
conta de ter que pegar um metrô, e ser um pouco longe, acabamos indo para o
show da Banda Uó, como eu já tinha ido ao show deles, não fazia muita questão,
mas acabei curtindo mesmo assim.
As 6h fomos ao show da Gaby Amarantos com
participação de Elza Soares. Achei bem animado o show da Gaby, mas como não
curto muito as músicas dela, não ouviria durante a semana, por exemplo. A Elza
Soares tem uma voz linda, muito perfeita, pena que ela estava debilitada, com
problema na coluna e teve que fazer uma apresentação rápida e sentada numa
cadeira, mesmo assim valeu a pena, ela fez uma crítica boa sobre o Infeliciano.
As 9h voltamos ao palco do Cabaret para a
apresentação da banda Mustache e os Apaches. Como descrever essa banda, não há
palavras, é muito perfeita. Me lembra os The Beatles, mas com um estilo
peculiar. Todos se vestem de vestes circenses, ou retro, não entendo muito de
moda. Os instrumentos musicais são bem diferentes, do que pelo menos eu estou
acostumado a ver. Enfim quem gosta de uma boa música, acho que irá gostar muito
deles.
Eu e meus amigos junto com um integrante dos Mustaches e Apaches (Lumineiro).
As 12h, já estávamos o pó. Foi o show do
Criolo, uns dos shows mais esperados por mim. Chegamos bem antes do show se iniciar,
e conseguimos um lugar ótimo, praticamente na grade. Não havia mais energia,
mas ao iniciar o show surgiu de uma forma, que parecia estar 100%. Fiquei
frenético, dancei, pulei, durante todo o show e a emoção, por alguns momentos
quase chorei. Durante o show o Criolo fez ótimas críticas sociais, que fazia
toda a multidão pensar sobre a sociedade em que vivemos e a pobreza que muitas
pessoas sofrem.
Criolo.
As 14h40, o show da linda, da magnífica, da
delicada, da culta, enfim, da Bárbara Eugênia. Muito bom o show dessa grande
cantora, que é pouco conhecida, mas que sabe fazer música boa como poucos dessa
geração.
Eu e meu amigo mais a linda da Bárbara Eugênia.
As 16h00, o show da Céu e do Otto, um amigo
meu já havia ido embora, e apenas um ficou comigo. Estávamos muito cansados,
chegamos ao show da Céu, já tinha se iniciado, havia uma multidão, e acabamos por
não vê-la de perto. O show do Otto atrasou quase por 1h, ficamos esperando até
iniciar, ficamos até ele tocar cinco músicas e fomos embora.
Foi demais a virada cultural. De graça fui
ao shows de diversos músicos que aprecio, se fosse ir a cada show iria gastar
horrores. Sem contar o contato com as pessoas que a virada cultural permite,
conheci diversas pessoas, teve uma menina que até me convidou para hospedar na
casa dela quando tiver algo em Sampa, para irmos juntos.