PROIBIDO CARONA!!! Esse adesivo
estava no vidro dum caminhão de uma das melhores caronas que peguei nesta
viagem. Pense num cara gentil! Pensou!? Essa que foi a pessoa que me deu uma
carona. Um caminhoneiro, que até comprou um lanche enquanto eu o aguardava na boleia, sem ao menos me perguntar; quanta surpresa e quanta contradição – um
grande ato inesperado -, já que esta ação vinha de um senhor que não poderia me
levar consigo.
Entre os dias 13 e 23 de junho deste
ano (2014), eu fui novamente para São Paulo. Não poderia perder o show de uma das
minhas cantoras prediletas, a magnífica Cláudia. Para os que não a conhece, ela
canta na música “Desabafo” do Marcelo D2 (Deixa, deixa, deixa/ Eu dizer o que
penso desta vida/ Preciso demais desabafar...).
Minha primeira carona da viagem
foi com um maldito homofóbico – sim, sou gay. Excluindo este péssimo ser que
encontrei pela estrada, só me deparei com gente maravilhosa, no resto do
caminho percorrido. A carona que mais me marcou nessa aventura, não foi a do “PROIBIDO
CARONA”, foi a que um artesão me concedeu. Ao entrar no carro já fui cortejado
com um sambinha. Logo depois, esse cara que pensei que fosse um maluco, me
apresentou um músico nigeriano muito foda, chamado “Fela Kuti”, pioneiro da
música afrobeat. Além de vender seus artesanatos no Brasil, ele também vai para
a Europa em época de festivais. Vende desde bolsas alternativas às populares
pulseirinhas hippies. Sua forma de conseguir grana, me despertou a vontade de
fazer artesanato para vender em minhas próximas viagens – de mochileiro/caroneiro,
logo irei me enquadrar como um “Maluco de Estrada”. Como se pode notar, ao
caronar podemos passar por diversos perrengues, mas também se pode obter ótimas
experiências.